Demorei bastante tempo desde a última postagem aqui, mas acho que tá em tempo.
A bola da vez aqui no blog é do Barack Obama.
Eu andei, há um tempo atrás respondendo uns emails bonitinhos supervalorizando a eleição de Obama, com algumas considerações que eu acho que devem ser feitas. Quase nunca receberam bem as críticas a esse ufanismo pelo Obama que eu, sinceramente, tenho muito asco [pelo ufanismo, é claro!].
É importante ressaltar que a maior diferença entre essa e as outras eleições norte-americanas onde Republicanos disputaram com Democratas é pura e simplesmente o fato de uma parte da população branca e descaradamente racista dos EUA, tiveram de dar o braço a torcer porque um negro mostrou mais capacidade que um veterano de guerra branco e votaram nele.
O Obama é o rompimento de um paradigma sim. Mas é como dizia o Trotsky: "as revoluções são impossíveis ate que se tornem inevitáveis". Ou seja, o povo norte americano quis [e deu] o troco na política desastrada de Bush. No entanto, a política belicista de Bush é caracteristica republicana, vide o Bush pai que tomou uma sova dos vietcongues e ainda de uma crise profunda do neo-liberalismo globalizado comandado pelo império. Obama é um resultado. Foi uma resposta necessária da parte da população. Foi a "revolução" precisa.
Da mesma forma, os Democratas adotam a política protecionista. Seus produtos têm subsídios enquanto os dos outros são sobretaxados. O Brasil por exemplo já está sofrendo com o protecionismo da era Obama e olha que ele nem sentou direito a bunda lá na Sala Oval da Casa Branca. Obama é protecionista e em períodos de crise econômica mundial, mais do que nunca nosso olhar tem que se voltar pra América Latina, fortalecendo o mercado regional com os países parceiros na alternativa Bolivariana das Américas e se protegendo do protecionismo alheio.
Tenho esperança de que o Obama consiga fazer um governo melhor. Não porque eu ache que o fato dele ser negro, assim como eu, confira a ele mais competência que um branco, ou que eu ache que ele pode salvar o mundo. Assim como, se ele errar mais que acertar, não vou admitir que coloquem o fato dele ser negro como determinante para isso. Temos que cobrar dele igual cobramos de qualquer um outro e em qualquer lugar do mundo, afinal de contas, ele é tão humano quanto qualquer um e está sujeito a erros e acertos.