Queridas, queridos,
Acaba mais um ano e tudo vai continuar igual se o começo da mudança não for em nós. Tudo pode ser bom ou ruim de acordo com a dosagem. Em relação às coisas da natureza, espero que o nosso sertão possa ter suas agruras amenizadas no próximo ano e que o nosso cuidado seja ainda maior com a natureza pra que ela não se revolte e aconteçam mais catástrofes como as de Santa Catarina. "O homem deixa de ser escravo quando passa à condição de arquiteto do próprio destino", já dizia Che - e isso se aplica também à nossa relação com a natureza.
Menos choro e mais ação em 2009. Every little things is gonna be alright!!!
30/12/2008
24/12/2008
Mensagem de Natal
Mensagem de Natal - By De(ath)Sign. Gostei muito... rsrsrs. Um pouco de humor é sempre bom!!! Confiram!
Deathsign: Natal 2008 from Marcos Cintra on Vimeo.
Deathsign: Natal 2008 from Marcos Cintra on Vimeo.
23/12/2008
Nkosi Sikelel' Afrika - Deus, abençoe a Africa
Uma música marcante em minha vida. Conheci originalmente vendo um grupo cultural afro cantand e desde então venho procurando. Depois escutei no filme "Um grito de Liberdade" [Cry Freedom], em que Denzel Washington faz o papel de Steve Biko, um líder do Movimento contra o apartheid racial na África do Sul, enquanto Mandela estava preso. Essa música foi cantada no enterro de Biko, quando ele foi assassinado na prisão. Achei hoje no youtube o vídeo com a tradução da música e uma auto explicação. Tome sua dose diária de consciência estudando um pouquinho sobre o apartheid racial e sobre steve biko, recomendo. Nkosi Sikelel' Afrika.
*
Uma de Biko. Durante seu julgamento por liderar a Black Conscienciousness, ele foi questionado pelo juiz: "Porque vocês se chamam de negros? Vocês parecem mais marrons do que negros para mim." Ao que Biko responde: "Porque vocês se chamam de brancos? Vocês parecem mais rosas do que brancos para mim."
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Uma de Biko. Durante seu julgamento por liderar a Black Conscienciousness, ele foi questionado pelo juiz: "Porque vocês se chamam de negros? Vocês parecem mais marrons do que negros para mim." Ao que Biko responde: "Porque vocês se chamam de brancos? Vocês parecem mais rosas do que brancos para mim."
21/12/2008
::Fim de Semana ::
Fim de semana muito bom que começou na sexta e ainda não terminou. Sexta-feira fui pra Spring II... pense! Muito, muito de fuder!!! Sábado só relaxamento de dia e à noite, pra variar nada, praça de Bepe. Em compensação, o domingão... ralei pra caraleo arrumando a casa... mas o resultado ficou muito, muito bom. Dava pra fazer um antes e depois do caraleo. Se eu tivesse lembrado de fazer o antes tirava umas fotos do depois e postava aqui.
No mais, pra não perder a mão das boas coisas, vou recomendar que assistam o vídeo Summertime que tá no youtube. Vou deixando o link porque naum sei quanto tempo mais ele fica no blog.
Té mais.
No mais, pra não perder a mão das boas coisas, vou recomendar que assistam o vídeo Summertime que tá no youtube. Vou deixando o link porque naum sei quanto tempo mais ele fica no blog.
Té mais.
18/12/2008
Mudando de rumo.
Já tive diversos blogs em minha vida. Sempre utilizei a internet como meio de dispersar minhas idéias e, quando me sentia sozinho, vinha nos meus blogs postar sobre qualquer coisa. Achei que dava pra fazer um blog pra cada assunto do meu interesse. Ainda não mudei de opinião a respeito disso porque sou publicitário e sei que ou falamos sobre o assunto certo ou não temos leitores mas, o fato é que não consigo mais ter um monte de blogs, de forma que vou manter só meu fotolog (/raultavares) por causa da formatação que me agrada muito e meus outros dois blogspots (exuemquestao.blogspot.com e oquehapordentro.blogspot.com), ambos por uma questão funcional. No entanto o último, que me serviu muito tempo, vai ficar fechado.
Vou postar só nesse aqui sobre todos os assuntos e não só de política como seria a proposta anterior. Vai ter política TAMBÉM mas, não vai ser SÓ política. \o/
Hoje eu inauguro o novo rumo da minha atividade "bloguística"
Vou postar só nesse aqui sobre todos os assuntos e não só de política como seria a proposta anterior. Vai ter política TAMBÉM mas, não vai ser SÓ política. \o/
Hoje eu inauguro o novo rumo da minha atividade "bloguística"
16/12/2008
Direito ao nosso corpo! Legalizar o aborto!
* Ana Pimentel – Diretora de Mulheres da UNE
Largamente realizado, feito por opção ou espontaneamente o aborto faz parte da vida das mulheres. Todo mundo conhece alguém que já passou por essa situação. Entre as jovens, nas escolas, universidades, são comuns as “vaquinhas” para socorrer as amigas “em apuros”.
Vários são os motivos que levam as mulheres a abortar, todos custam muita reflexão, muita ansiedade, na maioria dos casos, muita dor. Nenhuma mulher aborta porque “gosta” de abortar. É uma decisão extrema. As mulheres prefeririam evitá-la, não passar por essa situação. Pior, no entanto, seria levar a gravidez adiante não sendo sua opção.
A luta pela legalização do aborto envolve várias nuances: laicização do Estado, saúde pública, questões econômicas, sociais, psicológicas, autonomia das mulheres. Materializa-se em polêmica por apresentar a concepção das mulheres como pessoas autônomas e com direito de controlar seu corpo e sua sexualidade.
Às mulheres é destinada toda a tarefa de reprodução da sociedade: maternidade, cuidado, responsabilidade pela manutenção da vida. De tal forma que as mulheres propositoras de outra perspectiva são tidas como mulheres “relapsas”, “menos” mulheres ou mulheres “incompletas”. Omite-se os custos e o trabalho da reprodução como se fosse a maternidade, o cuidado fossem “destino natural” da mulher. Dessa forma, a bandeira da legalização do aborto é um questionamento da estrutura, valores e padrões de comportamento sexual da sociedade.
Colocamos em debate a função social da maternidade, a responsabilidade do Estado pela reprodução garantindo serviços de saúde de pré-natal e parto, creche e educação. Ao mesmo tempo viemos dizer que as mulheres devem decidir se querem ter filhos e qual o melhor momento.
O argumento da defesa da vida!
O debate sobre origem da vida é falacioso e recobre toda a estratégia de manutenção de um determinado padrão de sexualidade. O que realmente está em jogo são inúmeros direitos e liberdades conquistados ao longo dos últimos séculos e que setores conservadores da sociedade tentam retroceder.
Fica fácil perceber quando ouvimos, paralelo ao debate da “defesa da vida”, os discursos contra a utilização de preservativos, anticoncepcionais. Explicita-se, dessa forma, a tentativa de controle da sexualidade que está muito além da “defesa do feto como seres de direito”. Tal controle significa manutenção de um padrão de casamento único, monogâmico, heterossexual reafirmando a posição da mulher como procriadora.
Além disso, a própria determinação do momento em que se dá o início da vida sempre será uma convenção social, seja de base moral, jurídica, filosófica ou religiosa. Nas comunidades religiosa, jurídica e científica não existem consensos sobre o momento em que se inicia a vida.
Saúde pública
A caracterização como delito, não evita a realização do aborto, ao contrário, penaliza mais as mulheres pobres e negras que não têm condições de realizá-lo em clínicas particulares e seguras. Incentiva, portanto, sua prática clandestina e insegura que põe a vida de milhares de mulheres em risco.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 20 milhões dos 46 milhões de abortos realizados mundialmente, todos os anos, são feitos de forma ilegal e em péssimas condições, resultando na morte de, aproximadamente, 80 mil mulheres.
No Brasil, um milhão de abortos clandestinos são realizados anualmente. A prática é a quinta causa de internação hospitalar de mulheres no SUS, responde por 9% das mortes maternas e 25% das causas de esterilidade por problemas tubários. O número de abortos inseguros representa 30% dos nascidos vivos. Cerca de 60% dos leitos de ginecologia no Brasil são ocupados por mulheres com sequelas de aborto. Além desses, é sabido que o abortamento inseguro cria um ambiente de culpabilidade nas mulheres gerando depressão, distúrbios de ansiedade, em síntese, mais problemas de saúde. A conclusão é que o aborto inseguro é um problema de saúde pública. O Sistema Único de Saúde deve se preparar para atender as mulheres que fazem a opção de interroper a gravidez de forma segura. Paralelamente, a questão da gravidez não desejada deve ser encarada a partir de políticas públicas que reconheçam os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres criando ações de educação sexual e atenção à anticoncepção no sentido de diminuir a necessidade da realização de abortos. Precisamos acabar com essa hipocrisia! Milhares de mulheres estão morrendo! Defender a vida é defender a legalização do aborto com assistência garantida no sistema único de saúde! A defesa da legalização do aborto não é o incentivo a sua prática; faz parte da luta em defesa da autonomia das mulheres de seu corpo, de sua sexualidade, de direito de escolha.
Largamente realizado, feito por opção ou espontaneamente o aborto faz parte da vida das mulheres. Todo mundo conhece alguém que já passou por essa situação. Entre as jovens, nas escolas, universidades, são comuns as “vaquinhas” para socorrer as amigas “em apuros”.
Vários são os motivos que levam as mulheres a abortar, todos custam muita reflexão, muita ansiedade, na maioria dos casos, muita dor. Nenhuma mulher aborta porque “gosta” de abortar. É uma decisão extrema. As mulheres prefeririam evitá-la, não passar por essa situação. Pior, no entanto, seria levar a gravidez adiante não sendo sua opção.
A luta pela legalização do aborto envolve várias nuances: laicização do Estado, saúde pública, questões econômicas, sociais, psicológicas, autonomia das mulheres. Materializa-se em polêmica por apresentar a concepção das mulheres como pessoas autônomas e com direito de controlar seu corpo e sua sexualidade.
Às mulheres é destinada toda a tarefa de reprodução da sociedade: maternidade, cuidado, responsabilidade pela manutenção da vida. De tal forma que as mulheres propositoras de outra perspectiva são tidas como mulheres “relapsas”, “menos” mulheres ou mulheres “incompletas”. Omite-se os custos e o trabalho da reprodução como se fosse a maternidade, o cuidado fossem “destino natural” da mulher. Dessa forma, a bandeira da legalização do aborto é um questionamento da estrutura, valores e padrões de comportamento sexual da sociedade.
Colocamos em debate a função social da maternidade, a responsabilidade do Estado pela reprodução garantindo serviços de saúde de pré-natal e parto, creche e educação. Ao mesmo tempo viemos dizer que as mulheres devem decidir se querem ter filhos e qual o melhor momento.
O argumento da defesa da vida!
O debate sobre origem da vida é falacioso e recobre toda a estratégia de manutenção de um determinado padrão de sexualidade. O que realmente está em jogo são inúmeros direitos e liberdades conquistados ao longo dos últimos séculos e que setores conservadores da sociedade tentam retroceder.
Fica fácil perceber quando ouvimos, paralelo ao debate da “defesa da vida”, os discursos contra a utilização de preservativos, anticoncepcionais. Explicita-se, dessa forma, a tentativa de controle da sexualidade que está muito além da “defesa do feto como seres de direito”. Tal controle significa manutenção de um padrão de casamento único, monogâmico, heterossexual reafirmando a posição da mulher como procriadora.
Além disso, a própria determinação do momento em que se dá o início da vida sempre será uma convenção social, seja de base moral, jurídica, filosófica ou religiosa. Nas comunidades religiosa, jurídica e científica não existem consensos sobre o momento em que se inicia a vida.
Saúde pública
A caracterização como delito, não evita a realização do aborto, ao contrário, penaliza mais as mulheres pobres e negras que não têm condições de realizá-lo em clínicas particulares e seguras. Incentiva, portanto, sua prática clandestina e insegura que põe a vida de milhares de mulheres em risco.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 20 milhões dos 46 milhões de abortos realizados mundialmente, todos os anos, são feitos de forma ilegal e em péssimas condições, resultando na morte de, aproximadamente, 80 mil mulheres.
No Brasil, um milhão de abortos clandestinos são realizados anualmente. A prática é a quinta causa de internação hospitalar de mulheres no SUS, responde por 9% das mortes maternas e 25% das causas de esterilidade por problemas tubários. O número de abortos inseguros representa 30% dos nascidos vivos. Cerca de 60% dos leitos de ginecologia no Brasil são ocupados por mulheres com sequelas de aborto. Além desses, é sabido que o abortamento inseguro cria um ambiente de culpabilidade nas mulheres gerando depressão, distúrbios de ansiedade, em síntese, mais problemas de saúde. A conclusão é que o aborto inseguro é um problema de saúde pública. O Sistema Único de Saúde deve se preparar para atender as mulheres que fazem a opção de interroper a gravidez de forma segura. Paralelamente, a questão da gravidez não desejada deve ser encarada a partir de políticas públicas que reconheçam os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres criando ações de educação sexual e atenção à anticoncepção no sentido de diminuir a necessidade da realização de abortos. Precisamos acabar com essa hipocrisia! Milhares de mulheres estão morrendo! Defender a vida é defender a legalização do aborto com assistência garantida no sistema único de saúde! A defesa da legalização do aborto não é o incentivo a sua prática; faz parte da luta em defesa da autonomia das mulheres de seu corpo, de sua sexualidade, de direito de escolha.
11/08/2008
Jovem: Essa é a cara do Presente
Você já deve ter ouvido falar que o jovem é o futuro do país. Já deve ter concordado, inclusive. Natural; esse é o pensamento dominante. A juventude é o período da vida em que as novas idéias são mais fluentes; onde pensar o novo é uma constante. No entanto, vivemos em um regime sócio-econômico em que é conveniente que os jovens tenham sua função social negada. A renovação das idéias quase nunca é bem-vinda quando, em função do capital, é mais lucrativo ter uma juventude desinformada, alienada, passiva e cordial. A juventude não é futuro, é presente. Nada vai ser conquistado pela juventude além daquilo que a juventude lutar.
Existem duas formas de ser jovem sob a égide do Capitalismo. Uma é a acomodação. É fácil ser regido pelo Capitalismo sem questionamentos. Um jovem que não apresenta resistência ao modelo de alienação coletiva proposto pelo sistema dominante será absorvido facilmente pelo mesmo. Não questionará os milhões que passam fome no mundo, nem acharão nefasta a devastação da floresta amazônica em prol de um modelo desenvolvimentista de sociedade. Não vai entender que a vida não é reality show global e que dificilmente um trabalhador comum vai conseguir ganhar um milhão de reais durante toda a sua vida de trabalho árduo e honesto. Talvez nem se perceba enquanto ser dominado.
A outra forma é ser inquieto, indignado com as mazelas do mundo. É o jovem que não se faz indiferente diante da política viciada e, ao invés de se colocar em posição de vítima da politicagem, protagoniza o processo de mudança da política brasileira e mundial, tomando partido das lutas das minorias oprimidas – negros, gays e lésbicas, mulheres, índios, campesinos – rejeitando a lógica dominante de que o jovem é o futuro que talvez nunca chegue. Esse jovem sabe que tudo o que queremos há que ser conquistado com luta. Sabe que precisa romper os grilhões que prendem suas asas e o impedem de alçar vôos de liberdade de pensamento e ação.
Eu, particularmente, não me enquadro entre os acomodados. Minha energia juvenil é energia de mudança. O jovem precisa entender que o seu papel social não é mais o de viver por viver, mas sim o de conquistar tudo o que nos é direito negado; de fazer ressurgir qual fênix das cinzas a força dos jovens e das jovens que um dia derrubaram a ditadura militar, que sonharam e lutaram por um mundo com a cara da juventude. Não a juventude do porvir, mas a juventude com fome e sede do agora. Essa é a nossa cara. Inquiete-se.
Existem duas formas de ser jovem sob a égide do Capitalismo. Uma é a acomodação. É fácil ser regido pelo Capitalismo sem questionamentos. Um jovem que não apresenta resistência ao modelo de alienação coletiva proposto pelo sistema dominante será absorvido facilmente pelo mesmo. Não questionará os milhões que passam fome no mundo, nem acharão nefasta a devastação da floresta amazônica em prol de um modelo desenvolvimentista de sociedade. Não vai entender que a vida não é reality show global e que dificilmente um trabalhador comum vai conseguir ganhar um milhão de reais durante toda a sua vida de trabalho árduo e honesto. Talvez nem se perceba enquanto ser dominado.
A outra forma é ser inquieto, indignado com as mazelas do mundo. É o jovem que não se faz indiferente diante da política viciada e, ao invés de se colocar em posição de vítima da politicagem, protagoniza o processo de mudança da política brasileira e mundial, tomando partido das lutas das minorias oprimidas – negros, gays e lésbicas, mulheres, índios, campesinos – rejeitando a lógica dominante de que o jovem é o futuro que talvez nunca chegue. Esse jovem sabe que tudo o que queremos há que ser conquistado com luta. Sabe que precisa romper os grilhões que prendem suas asas e o impedem de alçar vôos de liberdade de pensamento e ação.
Eu, particularmente, não me enquadro entre os acomodados. Minha energia juvenil é energia de mudança. O jovem precisa entender que o seu papel social não é mais o de viver por viver, mas sim o de conquistar tudo o que nos é direito negado; de fazer ressurgir qual fênix das cinzas a força dos jovens e das jovens que um dia derrubaram a ditadura militar, que sonharam e lutaram por um mundo com a cara da juventude. Não a juventude do porvir, mas a juventude com fome e sede do agora. Essa é a nossa cara. Inquiete-se.
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