Fiz-me embrulho
para presente
para ofertar-me aos amigos.
(Sempre fui o mesmo homem:
papel de seda, uma fita.)
Amei tanto, tanto mesmo:
só me chamaram poeta.
Sorri tanto, e só sabiam
que eu tinha dentes bonitos.
Guardei-me um dia no mar
chorei ondas pela praia.
Em mim nasceu uma flor
porque sempre fui jardim
Mágoa - Antonio Brasileiro
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