02/03/2009
:: Sobre pedras e poemas... ::
Sim, as pedras constroem poemas. E os poemas se tornam rígidos como a pedra que o constrói. O poema está para a pedra como o cimento está para a construção, como as idéias estão para a mudança e como as ações estão para as revoluções diárias.
As ações revolucionárias são mais comuns do que pedras e poemas. Não precisa ser o Che, basta não ser mais uma massa amorfa, manipulável. Precisa ser pedra de construção de um mundo sem opressores e oprimidos e precisa amar a revolução.
Não falo de revoluções sangrentas, tampouco das revoluções de paz, não sejamos simplistas. Falo das revoluções das idéias, na criação de novas consciências, de ações diferentes, como poemas refeitos em busca de perfeição. E sabe que a ação é fundamental.
Sintam como poetas da revolução, criando, recriando, mudando. O revolucionário rejeita os fanatismos, mas não se deixa corromper, bem como a pedra resistente. Os revolucionários são noites de poemas construídas nas pedras de um mundo novo.
Pedras e poemas são como um coração pulsante, vermelho, que endurece, mas não perde a ternura e irriga nossas veias com o sangue quente da mudança. Sejamos amantes da revolução continuada, sejamos pedras e poemas.
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